Infertilidade: não desista da sua vontade de ser pai/mãe

Depois de um tempo tentando engravidar naturalmente, alguns casais precisam recorrer a uma investigação mais criteriosa para descobrir por que a gestação não acontece. Um relatório de 2023 da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que cerca de 17,5% da população adulta mundial sofre de infertilidade, isto é, uma em cada seis pessoas. O estudo A unique view on male infertility around the globe (Uma visão única sobre a infertilidade masculina no mundo, em tradução livre), publicado no periódico científico Reproductive Biology and Endocrinology, estima que 30 milhões de homens em todo o mundo são inférteis.

A infertilidade é uma condição caracterizada pela dificuldade de conceber uma gravidez após pelo menos 12 meses de relações sexuais frequentes, desprotegidas e bem distribuídas ao longo do ciclo menstrual.

Então, se no passado havia o estigma de que a infertilidade era uma questão feminina, hoje já sabemos que a saúde de ambos precisa ser analisada. É preciso compreender as causas por trás dos problemas reprodutivos masculinos ou femininos e buscar a solução.

Não consegui engravidar: devo desistir?

A dificuldade de engravidar é algo presente na vida de muitos casais considerados inférteis quando, após um ano de tentativas, não conseguem uma gestação.

Existe uma variedade de tratamentos disponíveis para infertilidade, que incluem a inseminação artificial, fertilização in vitro, procedimentos cirúrgicos e medicações. Os motivos que levam os parceiros a desistir são os mais diversos, variando conforme o tipo de tratamento a que estão submetidos.

De modo geral a desistência acontece por desgaste físico e emocional, questões financeiras ou quando já estão previstas baixas chances de sucesso com a terapia. Mas o desgaste emocional parece ser o aspecto que exerce a maior influência, o que exige apoio psicológico para auxiliar o casal a lidar com a frustração e o estresse emocional.

A decisão sobre continuar ou não o tratamento deve ser uma decisão bem informada, ou seja, o médico deve fornecer ao casal a realidade sobre o seu caso e as suas chances de resultado positivo na gestação. 

Quais são os tipos de tratamento para infertilidade?

Existem diversos tipos de tratamento como a cirurgia, estimulação ovariana e as técnicas de reprodução assistida, que podem ser de baixa ou alta complexidade. A indicação do tratamento pelo especialista em reprodução assistida, depende das causas, da idade da mulher e do tempo de infertilidade.

Inseminação artificial (IA): técnica de reprodução de baixa complexidade, indicada para casos específicos. O sêmen é preparado em laboratório e introduzido diretamente no útero. A fecundação deve acontecer dentro das tubas uterinas.

Em um momento próximo à ovulação, é realizada a inseminação para que os espermatozoides preparados sejam colocados dentro do útero e possam alcançar os óvulos nas tubas.

Esse tratamento é indicado para os casos de fator masculino leve ou moderado. É fundamental que as tubas uterinas estejam pérvias e que a mulher seja jovem e não tenha endometriose profunda.

Fertilização in vitro (FIV): considerada uma técnica de alta complexidade, pois ambos os gametas são trabalhados em laboratório. Inicialmente foi indicada para os casos de fator tubário, quando as tubas uterinas estão obstruídas ou com a função comprometida.

São administrados medicamentos para a estimulação ovariana, cuja função é promover o crescimento de um número maior de folículos. A cada três ou quatro dias é feita uma ultrassonografia para acompanhar o crescimento dos folículos. Quando eles atingem o tamanho adequado, a paciente toma outra medicação, o hCG, para induzir a maturação dos óvulos.

Por fim, depois de cerca de 35 horas, a mulher é submetida a uma punção para a coleta dos óvulos para a fertilização em laboratório. Feito isso, realiza-se a coleta do sêmen, que então passa pelo preparo seminal para selecionar os de melhor qualidade.

Depois, inicia-se o processo de inseminação. Nesse caso, há duas opções:

  • Na modalidade clássica, o espermatozoide e o óvulo são colocados em uma mesma placa de cultivo (mantida em incubadora) para que ocorra a fecundação;
  • Na modalidade por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), uma célula reprodutiva masculina é inserida no óvulo com uma agulha finíssima.

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