Como saber se eu tenho HPV?
Postado em: 18/09/2023
HPV é a sigla em inglês pelo qual o papilomavírus humano é mais conhecido. Essa infecção sexualmente transmissível muitas vezes não causa sintomas, mas pode provocar verrugas genitais em homens e mulheres.
Até hoje são identificados mais de 150 tipos de HPV. Cerca de 40 afetam especificamente a região genital e, entre esses, pelo menos 13 eventualmente desencadeiam câncer de colo do útero, vagina, ânus, vulva e pênis.
Em caso de sexo oral, eles aumentam o risco de tumores na orofaringe e na boca.
Neste texto, vamos abordar os sintomas do HPV, sua forma de transmissão e a importância da vacinação e dos exames preventivos para a saúde feminina. Não deixe de conferir!
Quais são as formas de transmissão?
O papilomavírus humano (HPV) pode ser transmitido durante o sexo vaginal, anal, oral e até ao masturbar o parceiro pode levar ao contágio.
Esse vírus fica alojado em qualquer parte da região genital, não só na vagina e no pênis. Vulva, períneo, bolsa escrotal e região pubiana também podem alojar o HPV. Daí porque o preservativo masculino ajuda a evitar a doença, mas não anula o risco de contágio.
Apesar disso, o uso do preservativo continua sendo um método importante de proteção e não deve ser dispensado, pois reduz o risco de exposição não só ao HPV, como a outros agentes infecciosos como o HIV, a gonorreia, a clamídia e o herpes.
Outra forma de transmissão mais rara é a vertical, ou seja, da mãe para o bebê durante o parto.
Como reconhecer os sintomas?
É importante compreender que a maioria das pessoas sexualmente ativas entrará em contato com o papilomavírus humano em algum momento da vida, e isso pode desenvolver algum tipo de lesão.
- Cerca de 90% dos infectados apresentarão uma infecção transitória pelo HPV, o que significa que o corpo eliminará o vírus por conta própria, sem que a pessoa saiba que foi infectada e sem apresentar sintomas.
- Em aproximadamente 10% das mulheres, a infecção pelo HPV pode persistir, aumentando o risco de desenvolver o câncer do colo do útero.
- Uma minoria dos indivíduos infectados pelo HPV (cerca de 1%) apresentará verrugas genitais, também conhecidas como condiloma acuminado ou infecção clínica pelo HPV. Elas podem ser únicas ou múltiplas. Algumas são doloridas e coçam. Esses sintomas demoram de seis meses a dois anos para aparecer.
- Nos recém-nascidos infectados por transmissão vertical, a manifestação mais comum é a papilomatose laríngea. Trata-se de verrugas que surgem nas mucosas das vias aéreas do bebê.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do HPV pode ser desafiador, uma vez que muitas vezes a infecção não apresenta sintomas visíveis.
Aproximadamente 4% dos indivíduos infectados só serão diagnosticados se realizarem exames como o Papanicolau, ou se fizerem um exame que utiliza um microscópio para examinar o tecido de revestimento do colo uterino: colposcopia.
A evolução de técnicas laboratoriais permite identificar cerca de 10% das pessoas que estão infectadas pelo HPV que não apresentam verrugas nem alteração nos exames laboratoriais. Isso significa que mesmo quando não há sinais visíveis de infecção, é possível detectar o vírus no trato genital.
Exames moleculares, que utilizam técnicas de pesquisa genética, podem identificar não apenas o tipo viral, mas também se pertence ao grupo de alto risco.
HPV tem tratamento?
Não existe um tratamento específico para eliminar o vírus, mas é possível tratar os problemas que ele causa: lesões clínicas (verrugas) e subclínicas (não visíveis a olho nu). A prática deve ser individualizada, levando em consideração a extensão, localização e quantidade das lesões.
A depender desses fatores, os médicos podem utilizar laser, ácido tricloroacético, creme imunomodulador e eletro cauterização para as lesões (verrugas), além de medicamentos para melhora da imunidade. Nas lesões pré-câncer, as opções vão desde cauterização até cirurgia (conização).
Como prevenir o HPV?
Apesar de o uso do preservativo ser essencial para se proteger do HPV e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a melhor e mais eficaz forma de prevenção dos vírus é a vacinação, especialmente antes do início da atividade sexual.
Por isso, ela é indicada geralmente pelo pediatra, mas o ginecologista também pode orientar sobre a vacina. O esquema de vacinação consiste em duas doses, com um intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda aplicação.
Quem deve tomar a vacina contra HPV?
- Meninas de 9 a 14 anos.
- Meninos de 11 a 14 anos (após os 15 anos, são 3 doses).
- Pessoas com HIV positivo.
- Transplantados entre 9 a 26 anos (recebem 3 doses da vacina).
Tome medidas para prevenir o HPV agora. Sua saúde merece sua atenção! Agende uma consulta com o Dr. Hélio Sato, ginecologista e obstetra, com especialização em Reprodução Humana Assistida, com foco em Endometriose, Infertilidade e Climatério; certificado em Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Leia também:
Infertilidade: não desista da sua vontade de ser pai/mãe