Reprodução humana: Entendendo os mecanismos básicos

A Reprodução Assistida é um conjunto de técnicas médicas que auxiliam pacientes na concepção. Envolve a manipulação de pelo menos um dos gametas (espermatozoides e/ou óvulos) e os meios de fecundação para criar condições ideais.

Reprodução humana: Entendendo os mecanismos básicos

Distúrbios hormonais, síndrome dos ovários policísticos, alterações nas trompas uterinas, endometriose e a idade avançada (a partir dos 35 anos) são os principais diagnósticos de infertilidade feminina. No caso masculino, a dificuldade na produção, piora na qualidade, quantidade e motilidade (capacidade de movimentação) dos espermatozoides são causas que impedem a fertilização do óvulo. A reprodução assistida pode ser indicada ainda para casais homoafetivos, gestação independente e planejamento familiar com foco na redução de riscos genéticos.

Ao longo dos anos, diversas técnicas foram desenvolvidas para facilitar a fecundação. Conheça algumas delas abaixo!

1. Relação Sexual Programada

Neste método, a parceira passa por um tratamento com hormônios para estimular o desenvolvimento dos folículos, que contêm um óvulo cada. Quando atingem o tamanho ideal, a mulher utiliza outro hormônio para induzir a liberação do óvulo (ovulação). Após a indução da ovulação, o casal deve manter relações sexuais próximas ao momento da ovulação, geralmente 36 horas após a injeção.

2. Inseminação artificial

A inseminação artificial (IA), conhecida também como inseminação intrauterina, é um método comum devido à sua baixa complexidade, manipulando apenas o espermatozoide. Após a coleta, os espermatozoides passam por capacitação, permitindo a separação dos mais ativos e aptos a fertilizar o óvulo. Depositados na cavidade uterina, ocorre a fecundação in vivo nas trompas uterinas. Este método, com cerca de 15% de sucesso, é recomendado para homens com espermograma leve ou moderadamente alterado. 

3. Fertilização in vitro

Fertilização in vitro (FIV) é um tratamento de reprodução humana assistida que envolve a fecundação do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial. Após estimulação ovariana, com administração de hormônios, e monitoramento do desenvolvimento folicular, ocorre a coleta dos óvulos e sêmen. Cerca de 40 mil espermatozoides são colocados junto a cada óvulo para fertilização. Os embriões formados e selecionados são transferidos para o útero, com taxas de sucesso variando de 5% a 55% por tentativa, dependendo do caso e, principalmente, da idade da mulher.

4. Injeção intracitoplasmática de espermatozoides

Semelhante à FIV, a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) difere apenas na etapa final, em que a inseminação (colocação do espermatozoide junto do óvulo) é feita por injeção direta no óvulo. Utilizando micromanipuladores e uma agulha finíssima, o espermatozoide é inserido no interior do óvulo.

Inicialmente indicada para casos graves de fator masculino, a ICSI é usada agora rotineiramente em todos os casos.

5. Doação de óvulos

Esta técnica é recomendada para mulheres com escassez ou baixa qualidade de óvulos, geralmente devido à idade avançada, menopausa precoce ou problemas na produção de óvulos. A doação é realizada por uma mulher desconhecida, em tratamento, que compartilha óvulos excedentes.

A receptora é preparada com medicamentos para condicionar o útero a receber o embrião. A fecundação ocorre in vitro, usando os espermatozoides do parceiro, e possui uma taxa de sucesso comparável à obtida com FIV/ICSI.

Com avanços tecnológicos, a reprodução assistida reúne diversas técnicas para auxiliar aqueles com dificuldades de engravidar naturalmente. A eficácia desses procedimentos, aliada à inovação e versatilidade, proporciona segurança e conforto em cada etapa do processo.

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