Infertilidade feminina: como tratar e superar?

A infertilidade é um desafio comum, que afeta de 15 a 20% dos casais em idade reprodutiva. Considera-se infertilidade quando, após um ano de tentativas sem uso de contraceptivos, a gravidez natural não ocorre.

Esse período cai para 6 meses se a mulher tiver mais de 35 anos, justamente porque a idade é um dos fatores que mais contribui para a infertilidade feminina

Isso ocorre devido à diminuição na quantidade e qualidade de óvulos nessa faixa etária, o que reduz as chances de gestação. Neste artigo, vamos explorar as causas, tratamentos disponíveis e estratégias para superar a infertilidade feminina. Acompanhe!

Infertilidade feminina

Quais são os sintomas de infertilidade feminina?

A infertilidade pode ter várias causas, e seus sintomas variam. Os principais incluem: 

  • Ciclos menstruais irregulares e com fluxo intenso, podendo ser um sinal de mioma ou pólipo endometrial e a irregularidade relaciona-se com a síndrome de ovários policísticos (SOP)
  • Cólicas e dores pélvicas ou nas costas, sintoma comum na endometriose
  • Acne, manchas ou pelos no rosto, manifestação de SOP
  • Diminuição da libido, relaciona-se à baixa reserva ovariana
  • Dor durante as relações sexuais, sintoma comum na endometriose
  • Queda acentuada de cabelo, relaciona-se à baixa reserva ovariana
  • Ganho de peso repentino, manifestação de SOP
  • Secreção esbranquiçada pelos mamilos, pode ser uma prolactinoma que interfere na ovulação

Fatores de infertilidade feminina

Existem diversos fatores que contribuem para a infertilidade feminina, além da idade. É importante destacar que infertilidade não é o mesmo que esterilidade, pois a condição pode ser tratada, possibilitando que muitas pessoas realizem o sonho de ter filhos.

Idade:

À medida que a idade avança, as chances de engravidar diminuem devido à redução da reserva ovariana. A menopausa marca o término da capacidade reprodutiva, uma vez que a mulher nasce com um número limitado de óvulos.

Endometriose:

Esta condição é caracterizada pela presença do tecido endometrial fora da cavidade uterina, afetando órgãos como tubas, ovários, bexiga e intestino. A endometriose pode causar alterações anatômicas e interferir no funcionamento das tubas uterinas.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP):

Esse distúrbio hormonal leva à formação de cistos nos ovários, afetando o ciclo menstrual e a liberação do óvulo maduro, prejudicando a fertilidade.

Mioma:

São tumores benignos que podem crescer no útero, dificultando a fixação do embrião e, em casos graves, obstruindo as tubas uterinas, o que aumenta as chances de aborto e parto prematuro.

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs):

Quando não tratadas, enfermidades como gonorreia e clamídia podem evoluir para doença inflamatória pélvica (DIP) e causar danos nas tubas uterinas, útero e ovário.

Distúrbios hormonais:

Alterações na produção hormonal podem prejudicar a liberação e crescimento dos óvulos, interferir no ciclo menstrual e afetar a preparação do endométrio.

Fatores ovulatórios:

Distúrbios na ovulação podem levar à síndrome de anovulação crônica, caracterizada pela ausência persistente ou frequente da ovulação, dificultando a gravidez. Podem causar também a menopausa precoce, que é quando a mulher deixa de ovular antes dos 40 anos.

Fatores uterinos:

Alterações anatômicas no útero, como útero bicorno, septado ou duplo, e doenças que afetam a cavidade uterina, como miomas e pólipos, podem dificultar a fixação do embrião, aumentar o risco de abortos e prejudicar o desenvolvimento fetal durante a gestação.

Hábitos de vida:

Consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, sedentarismo, exercícios físicos intensos, falta de sono adequado, alto consumo de café e dieta desequilibrada, têm impacto negativo na fertilidade.

Tratamentos de reprodução humana para infertilidade feminina

As técnicas de reprodução humana assistida são capazes de concretizar o sonho da maternidade e paternidade e podem ser indicadas pelo especialista após analisar cada caso individualmente.

Fertilização in vitro (FIV):

Recomendada em casos graves e para mulheres acima de 36 anos. Envolve coleta de óvulos após estimulação ovariana, fertilização em laboratório e transferência de embriões para o útero. Opção de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), na qual o espermatozoide saudável é inserido diretamente dentro do óvulo, para aumentar as chances da gravidez.

Inseminação artificial:

Indicada para mulheres com alta reserva ovariana e tubas saudáveis. Envolve o depósito direto de sêmen na cavidade uterina.

Coito programado:

Permite a fecundação natural com monitoramento do ciclo reprodutivo da mulher por um especialista em reprodução humana. Estimulação ovariana pode ser considerada para aumentar as chances.

Cirurgia de laparoscopia:

A laparoscopia é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que pode ser usada para tratar diversas condições ginecológicas, como endometriose, miomas, obstruções nas tubas e correção de malformações uterinas.

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Como funciona a reprodução humana?


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