HPV e o câncer de colo do útero

Uma lesão silenciosa e latente que pode levar até 15 anos para ser percebida. E quando detectada, está em estado avançado. Essa é uma das características do câncer de colo de útero, o terceiro tipo que mais mata mulheres no país.

O câncer de colo do útero, conhecido também como câncer cervical, tem início quando as células saudáveis ​​do colo uterino mudam e se tornam cancerosas (malignas). Estas células se multiplicam e crescem descontroladamente, formando tumores. O câncer cervical pode se espalhar ainda para outros órgãos próximos, como o útero e a vagina, ou para partes distantes do corpo.

Assista agora ao vídeo do Dr. Hélio Sato sobre o HPV e o câncer do colo do útero!

Causas do câncer de colo do útero

A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) pode desencadear câncer de colo do útero, e o vírus é encontrado em mais de 99% dos tumores cervicais. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que existam de 9 a 10 milhões de infectados pelo HPV no Brasil, e que 700 mil casos novos da infecção surjam a cada ano.

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Câncer de colo do útero e HPV

Existem mais de 100 cepas diferentes de HPV, sendo que o HPV16 e o HPV18 são responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo do útero. A exposição ao vírus HPV ocorre, em geral, por meio da atividade sexual. Para a maioria das pessoas, o vírus é eliminado naturalmente pelo organismo. Em alguns casos, o câncer pode se desenvolver anos após a exposição. 

Com exames periódicos de Papanicolaou e de HPV, podem-se detectar células pré-cancerosas antes que elas tenham chance de crescer até se transformar em tumor.

Fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer devido a infecções por HPV incluem:

  • Início da atividade sexual em idade precoce;
  • Ter múltiplos parceiros sexuais;
  • Prática de sexo desprotegido (sem uso de preservativo);
  • Ter um sistema imunológico enfraquecido como resultado do HIV (o vírus que causa a AIDS) ou de medicamentos que suprimem o sistema imunológico;
  • Não tomar a vacina contra o HPV.

Saiba como reconhecer os sintomas

Uma característica marcante desse tipo de câncer é a sua progressão lenta. Assim, na maioria das vezes, nos estágios iniciais da doença, não apresenta sintomas. Mas é importante consultar um médico se as alterações persistirem. Os sinais a serem observados incluem:

  • Sangramento entre os períodos menstruais ou após a menopausa;
  • Alterações no sangramento menstrual, especialmente períodos mais longos ou mais intensos que o normal;
  • Dor frequente ou inexplicável na pélvis ou na parte inferior das costas;
  • Sangramento vaginal após sexo ou exames ginecológicos;
  • Corrimento vaginal intenso, com cor amarelada e odor forte;
  • Dor durante o sexo;
  • Dor para evacuar e sangramento nas fezes.

Como é feito o diagnóstico?

Durante a consulta, o médico ouvirá a sua queixa, fará o levantamento de seu histórico de saúde e ainda realizará o exame ginecológico. O especialista pode solicitar também um exame de Papanicolau ou o teste DNA-HPV, capazes de identificar possíveis alterações nas células do colo uterino. 

Caso seja encontrada alguma anormalidade, o médico pode requisitar um exame adicional chamado colposcopia. Nesse procedimento, é utilizado um aparelho que amplia as imagens para examinar a região genital, o que permite ao profissional identificar áreas adequadas para a coleta de amostras (biópsia). Essas amostras serão analisadas para determinar a presença de câncer ou lesões precursoras que antecedem o tumor. Em alguns casos, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser úteis para avaliar o estágio da doença (estadiamento).

Como é feito o tratamento? 

O tratamento é sempre personalizado, levando em consideração vários fatores, como a localização do tumor, seu tamanho, o estágio da doença, a idade da paciente e até seu desejo de engravidar. Em geral, a abordagem pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e cirurgia.

Prevenção do câncer de colo do útero

A vacina contra o HPV é a melhor maneira de prevenir o câncer cervical. Os médicos recomendam a vacina contra o HPV para meninos e meninas com idades entre 9 e 26 anos. A vacina funciona melhor se for administrada antes de ocorrer qualquer exposição ao HPV.

Também pode ser uma opção para homens e mulheres entre 27 e 45 anos que não o fizeram antes. Converse com seu médico para saber se você ou seu filho são elegíveis para a vacina.

Não deixe sua saúde feminina em segundo plano. Marque agora mesmo uma consulta com o Dr. Hélio Sato e tenha cuidados médicos de qualidade. Ele é ginecologista e obstetra, com especialização em Reprodução Humana Assistida, com foco em Endometriose, Infertilidade e Climatério; certificado em Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

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