Como tratar a endometriose?
Postado em: 20/08/2022
Estima-se que de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva tenham endometriose. A doença é caracterizada pelo crescimento do endométrio, tecido que reveste o útero, fora da cavidade uterina. Esse tecido pode se instalar em órgãos como ovários, tubas uterinas, intestino e bexiga. Dores intensas, principalmente no período menstrual, infertilidade e desconforto na relação sexual são sinais da condição. Embora não tenha cura, existem tratamentos eficazes para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pacientes. Saiba mais sobre a endometriose e como gerenciar essa condição crônica.
Sintomas de endometriose
Os sinais mais frequentes são dor pélvica e problemas de fertilidade. O diagnóstico correto pode levar de 8 a 12 anos, comprometendo e muito a qualidade de vida. Outras manifestações incluem:
- Cólicas menstruais intensas, que podem irradiar para o abdômen e lombar.
- Dispareunina (dor nas relações sexuais).
- Alterações intestinais durante a menstruação, como diarreia ou constipação.
- Fadiga persistente.
- Menstruações abundantes ou irregulares.
- Dor ao urinar ou evacuar durante o período menstrual.
É importante destacar que a experiência com endometriose difere de uma mulher para outra: algumas podem apresentar todos, alguns, ou até mesmo nenhum dos sintomas.
Impacto na vida diária e na saúde mental
A endometriose pode comprometer significativamente a rotina diária, limitando o desempenho no trabalho, nos estudos e nas atividades sociais. A dor crônica, associada à preocupação com a fertilidade, pode desencadear estresse, ansiedade e depressão. Por isso, é crucial buscar apoio especializado e adotar estratégias de autocuidado para promover o bem-estar emocional.
Causas da endometriose
Embora a origem exata da endometriose ainda seja desconhecida, várias teorias sugerem potenciais fatores desencadeantes:
Transporte sanguíneo ou linfático: os tecidos endometriais podem migrar para outras partes do corpo por meio da circulação sanguínea ou do sistema linfático, de maneira similar à disseminação das células cancerosas.
Transplante direto: células endometriais podem se fixar em outras regiões do corpo durante procedimentos cirúrgicos, como cesarianas ou histerectomias.
Fator genético: há evidências de que a endometriose pode ocorrer mais frequentemente em algumas famílias, indicando possível predisposição genética.
Menstruação retrógrada: em vez de ser eliminado, o tecido endometrial pode retroceder pelas tubas uterinas e se implantar na cavidade abdominal durante a menstruação.
Transformação celular: células de outros tecidos do corpo podem se transformar em células endometriais e começar a proliferar fora do útero.
Tratamento personalizado para endometriose
O Dr. Hélio Sato é especialista no diagnóstico e tratamento da endometriose. O processo inicia com uma avaliação minuciosa, que engloba a análise de sintomas, exame físico detalhado, revisão do histórico médico e a realização de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética da pelve.
A gravidade dos sintomas determina as recomendações terapêuticas. Em situações de endometriose profunda ou extrapélvica, e para aquelas que buscam conceber mas enfrentam dificuldades, a cirurgia pode ser indicada.
O tratamento proposto pelo Dr. Hélio Sato é adaptado às necessidades individuais de cada paciente, priorizando inicialmente métodos conservadores. As opções de tratamento incluem:
- Medicamentos para controle da dor e da inflamação.
- Contraceptivos hormonais para reduzir o crescimento do tecido endometrial.
- Cirurgia para remover os tecidos afetados, geralmente por laparoscopia.
- Recomendações para ajustes no estilo de vida.
Tipos de cirurgia para endometriose
A laparoscopia é o método mais utilizado para tratar a endometriose. Esta técnica minimamente invasiva envolve pequenas incisões no abdômen, por onde são introduzidas câmeras e instrumentos cirúrgicos para remover focos da doença e aderências. Este procedimento proporciona uma recuperação mais rápida e reduz a dor pós-operatória em comparação com as cirurgias abertas tradicionais.
A histerectomia, que consiste na remoção do útero, é recomendada apenas quando a paciente decide não ter mais filhos.
Endometriose e fertilidade
A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. Os implantes de tecido endometrial fora do útero podem criar cicatrizes e aderências que dificultam a concepção natural e aumentam o risco de complicações durante a gravidez. Contudo, muitas mulheres com a doença conseguem engravidar com sucesso através de tratamentos adequados, que podem incluir terapias hormonais, cirurgias e técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV). Consultar um especialista antes de planejar uma gravidez é crucial para discutir as melhores opções de tratamento e maximizar as possibilidades de uma concepção bem-sucedida.
Histórias de mulheres que superaram a endometriose e realizaram o sonho da maternidade inspiram outras a buscarem tratamento médico especializado e explorar novas opções terapêuticas. Com o apoio adequado, um tratamento personalizado e uma abordagem multidisciplinar, é possível enfrentar os desafios dessa condição e alcançar o objetivo de ter um bebê saudável.
Conclusão
A endometriose é uma condição complexa que exige atenção especializada, especialmente devido ao seu impacto na fertilidade e qualidade de vida. Além dos desafios físicos, essa condição pode gerar preocupações emocionais e psicológicas. Portanto, é essencial abordar a endometriose com uma estratégia de tratamento abrangente que considere todos os aspectos da saúde da mulher.
Se os sintomas da endometriose estão afetando sua qualidade de vida ou se você está buscando soluções para questões de fertilidade relacionadas à doença, não hesite em consultar o Dr. Hélio Sato. Agendar uma consulta com ele significa ter acesso a uma avaliação minuciosa e um plano de tratamento feito sob medida para suas necessidades. Marque aqui o seu horário!
Dr. Hélio Sato
Ginecologia e Obstetrícia
CRM-SP: 83.469 | RQE: 123.703
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