Recuperação da histerectomia: Dicas para uma recuperação suave
Postado em: 08/04/2024
A Histerectomia é uma cirurgia utilizada para remover o útero e tratar diversas condições ginecológicas, como miomas uterinos, câncer, endometriose, dor pélvica crônica e sangramento excessivo. Após o procedimento, a menstruação cessa e a gravidez não é mais possível.
Embora seja um procedimento comum e seguro, podem surgir complicações, como sangramento, infecção e lesões na bexiga ou intestino. Aqui estão algumas dicas para uma recuperação tranquila após a histerectomia. Não deixe de conferir!
Tipos de histerectomia
A escolha do método de histerectomia depende da condição a ser tratada. Aqui estão os principais tipos:
- Histerectomia parcial (supracervical): remoção do corpo do útero, enquanto o colo do útero permanece intacto.
- Histerectomia total: remoção de todo o útero, incluindo o colo do útero.
- Histerectomia radical: remoção de todo o útero e de alguns tecidos adjacentes próximos. Este tipo é mais utilizado para tratar o câncer.
Algumas condições podem exigir também a retirada de um ou ambos os ovários e/ou trompas de Falópio.
Cuidados pós-histerectomia: o que você precisa saber?
Após o procedimento de histerectomia, alguns cuidados são essenciais para garantir uma recuperação tranquila e sem complicações, especialmente quando a intervenção cirúrgica é realizada por via abdominal (cirurgia aberta). Veja o que você precisa fazer:
Evitar esforço físico intenso: nos primeiros 45 dias, é crucial evitar atividades intensas, como musculação e esportes. A volta à rotina de exercícios deve ser gradual após 30 dias, respeitando o período de 90 dias para cicatrização completa dos tecidos.
Manter a ferida limpa e seca: a higiene adequada da ferida operatória é fundamental. Lavar com água e sabão neutro e manter o local seco são cuidados importantes, mas siga sempre as orientações específicas do seu médico.
Descanso apropriado: o repouso é essencial para a recuperação após a histerectomia. Garanta um ambiente calmo e confortável para descansar, mas não se esqueça de fazer pequenas caminhadas em casa para prevenir o risco de trombose.
Evitar relações sexuais: nas primeiras seis semanas, é recomendado evitar relações sexuais para reduzir o risco de complicações e permitir uma recuperação adequada.
Posição para dormir: não há uma posição específica indicada, mas evite pressionar a área operada nos primeiros dias, preferindo deitar de barriga para cima.
Tipo de alimentação: manter uma dieta equilibrada é essencial para promover o bom funcionamento urinário e intestinal. Inclua alimentos ricos em fibras, como cereais, ameixas e kiwi, e não se esqueça de beber pelo menos 1,5 litros de líquidos por dia.
O que evitar e o que fazer após a cirurgia
Durante as 6 semanas seguintes à cirurgia, é importante seguir estas recomendações:
- Evite compromissos de trabalho ou pessoais muito exigentes.
- Não realize esforços físicos, como levantar pesos acima de 5 kg, carregar crianças ou fazer compras pesadas.
- Evite praticar esportes de impacto, como corrida ou musculação.
- Não fume, pois retarda a cicatrização e aumenta o risco de infecção.
- Evite banhos de imersão e piscinas para prevenir infecções nas suturas.
É comum sentir-se cansada após a cirurgia, portanto, reserve tempo para descansar ao longo do dia. No entanto, é importante movimentar-se para prevenir coágulos sanguíneos e trombose. Assim:
- Evite ficar sentada por longos períodos sem se movimentar e evite ficar em pé por mais de duas horas seguidas.
- Atividades leves, como tarefas domésticas e caminhadas curtas próximas de casa, são recomendadas durante esse período.
De acordo com a orientação médica, é possível iniciar exercícios de fisioterapia do assoalho pélvico cerca de 2 semanas após a alta.
Busque cuidados médicos
Se você apresentar algum dos seguintes sinais de alerta, é importante entrar em contato com o seu médico:
- Corrimento vaginal aumentado com odor forte ou outras secreções líquidas em quantidade acima do normal.
- Queixas urinárias, como ardor ou dor ao urinar, aumento da frequência urinária ou urina com aspecto anormal.
- Dores abdominais que se tornam progressivamente mais intensas.
- Febre, vômitos, sensação de desmaio ou mal-estar geral.
- Dor ou inchaço nas pernas, falta de ar ou dor no peito.
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Dr. Hélio Sato
Ginecologia e Obstetrícia
CRM-SP: 83.469 | RQE: 123.703
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