Infertilidade feminina: como tratar e superar?

Postado em: 26/06/2023

Existem diversas causas de infertilidade feminina, no entanto, o fator mais importante no prognóstico dos tratamentos é a idade. A idade da mulher está relacionada diretamente à quantidade e qualidade de óvulos.

As mulheres nascem com todos os óvulos que serão liberados ao longo de sua vida a cada menstruação. Assim, quanto mais idade a paciente tiver, mais velho é o seu óvulo, e como consequência o material genético pode sofrer perdas da sua integridade e deste modo, diminui as chances de gravidez evolutiva e aumenta as chances de alterações genéticas.

Em relação à quantidade e diminuição também é marcante: uma mulher ao nascer tem mais ou menos 1 milhão de óvulos e quando da primeira menstruação 250 a 400 mil oócitos. E, gradativamente vai reduzindo sua reserva ovariana.

Infertilidade feminina

A faixa etária em que a fertilidade da mulher está em seu ápice é dos 20 aos 30 anos. Aos 35 anos esta taxa chega a 80% e aos 45 anos a incríveis 5%.

Aos 50 anos, praticamente todas as mulheres alcançam a infertilidade, pois atingem a menopausa ou estão muito perto de isso acontecer. Podemos encontrar mulheres que engravidam em idade mais avançada de maneira natural, mas são eventos raros após os 45 anos e a taxa de abortamentos é muito alta.

A taxa de gravidez em mulheres acima dos 45 anos é muito pequena, seja naturalmente ou utilizando as técnicas de Reprodução Assistida como a fertilização in vitro (FIV), pois os embriões formados em sua maioria não são sadios e não implantam ou ocorre um aborto precoce.

Quando o casal detecta alguma dificuldade na concepção ou no desenvolvimento do feto, deve procurar ajuda especializada em Reprodução Humana e investigar a situação, a fim de detectar possíveis problemas de fertilidade e resolvê-los.

Condições de saúde que podem causar infertilidade feminina


1. ENDOMETRIOSE

O que é?

Ocorre quando o endométrio, tecido que reveste o útero internamente (e é eliminado durante a menstruação), e parte do fluxo reflui pelas tubas uterinas e para fora da cavidade uterina, em regiões como abdômen, sobre ovários, tubas uterinas, ligamentos uterinos, intestino e bexiga. E, este tecido ao implantar fora do seu habitat natural pode se desenvolver e levar à inflamação e assim forma-se a endometriose.

Para detectar a doença, o médico solicita exames laboratoriais, visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom endovaginal e ressonância magnética.

Como tratar?

Em algumas situações, é indicada cirurgia por videolaparoscopia para remover os focos de endometriose e as aderências (quando os tecidos se grudam). Embora a cirurgia melhore os sintomas de dor nas relações sexuais e cólicas, nem sempre resolve a dificuldade para engravidar, principalmente se as trompas foram acometidas pela doença. Quando os exames mostram que a cirurgia não será suficiente, o indicado é recorrer à reprodução assistida.

2. MIOMA

O que é?

Tumor benigno do músculo do útero, chamado miométrio. Pode atrapalhar a fertilidade, dependendo do tamanho e do posicionamento. Isso acontece, em geral, quando crescem em direção à parte interna do órgão e são grandes, maiores de 5 cm.

Como tratar?

Se os miomas estiverem atrapalhando a fertilidade, por conta do tamanho e do posicionamento, é necessária uma intervenção cirúrgica.

3. FATOR TUBOPERITONEAL

O que é?

Alteração da função das trompas, que podem estar parcialmente ou totalmente obstruídas, levando à dificuldade ou até impedindo a passagem dos espermatozoides, que precisam encontrar com o óvulo e fecundá-lo. Em geral, ocorre por fatores que provocam a junção entre as trompas e o peritônio — tecido que recobre toda a parte interna do abdome e da pelve.

Como tratar?

Em alguns casos, o tratamento cirúrgico é uma opção, mas, na maioria das vezes, é indicado recorrer à reprodução assistida, com técnicas como a fertilização in vitro. Ela não trata a doença, mas possibilita a gravidez.

4. SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO (SOP)

O que é?

Distúrbio hormonal que atinge de 6% a 19% das mulheres em idade fértil no mundo. Caracteriza-se pelo ovário aumentado, com a presença de múltiplos cistos de até 10 mm. A mulher tem irregularidade na menstruação, com atrasos ou ausência, porque não ovula da maneira esperada, o que leva à infertilidade.

Como tratar?

Por ser uma doença crônica, o tratamento atua nos sintomas. Perda de peso e mudanças no estilo de vida, com dieta equilibrada e exercícios, ajudam. No caso da infertilidade, em geral, são recomendados medicamentos para regulação hormonal e de indução da ovulação, que costumam ter boas respostas.

5. MALFORMAÇÃO DO ÚTERO

O que é?

Alterações anatômicas do órgão são capazes de atrapalhar a fertilidade ou prejudicar a permanência do bebê, na gravidez. Elas podem envolver o formato, o volume, a função e a parte interna, a chamada cavidade endometrial. Uma dessas malformações é a incompetência cervical, quando o colo do útero se abre conforme a gestação avança, causando abortamento ou prematuridade, entre outras.

Como tratar?

Depende da malformação. Algumas têm soluções cirúrgicas para corrigir o formato do útero. Quando as cirurgias não são eficazes, vale recorrer à fertilização in vitro (FIV).

6. FALÊNCIA OVARIANA PRECOCE (FOP)

O que é?

Conhecida popularmente como menopausa precoce, a falência ovariana precoce é quando os ovários param de funcionar, não produzem mais o estrogênio em níveis esperados e nem liberam óvulos como deveriam, antes de a mulher completar 40 anos. Atinge cerca de 1% das mulheres com menos de 40 anos.

Como tratar?

Em casos raros, se a falência ovariana for precocemente diagnosticada e a mulher ainda apresentar ciclos menstruais, é possível engravidar naturalmente, apesar das chances serem baixas. Uma opção é usar injeções de hormônio para aumentar a capacidade de resposta dos ovários e fazer FIV. Se a mulher desejar engravidar mais tarde, vale congelar os óvulos.

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