Histerectomia Parcial vs. Total: Qual a Diferença?
Postado em: 11/03/2025
A Histerectomia é uma cirurgia ginecológica que pode ser indicada para o tratamento de diversas condições, como miomas, endometriose severa e sangramentos uterinos anormais.

Dentro dessa abordagem, existem dois tipos principais: a histerectomia parcial, que preserva o colo do útero, e a total, que remove o útero por completo.
continue sua leitura para entender a diferença entre essas modalidades e compreender qual delas é mais comumente realizada!
Histerectomia total vs. histerectomia parcial: qual a mais comum?
Na prática clínica, a histerectomia total é realizada em quase 100% dos casos, pois estudos recentes indicam que não há benefícios clínicos significativos na preservação do colo do útero.
Além disso, a remoção completa do útero apresenta menos riscos e é considerada a abordagem mais segura e eficaz.
Histerectomia total: por que é a escolha mais frequente?
Como expliquei, essa escolha se baseia em estudos que demonstram a ausência de vantagens na preservação do colo do útero, tornando a remoção total uma opção mais segura e eficiente.
No procedimento realizado por laparoscopia, a extração do útero geralmente ocorre pela vagina, permitindo uma cirurgia minimamente invasiva com menor impacto na recuperação da paciente.
Essa técnica evita complicações associadas à preservação do colo e reduz os riscos de dispersão de tecidos na cavidade abdominal.
Histerectomia parcial: quando pode ser considerada?
A histerectomia parcial, também chamada de subtotal, consiste na remoção do corpo do útero, preservando o colo.
Apesar de ser uma alternativa, sua indicação é extremamente restrita devido à falta de benefícios clínicos.
O único ponto positivo dessa abordagem é a menor necessidade de dissecação das estruturas mais profundas, o que pode tornar a cirurgia ligeiramente mais rápida e simples.
Esse fator pode ser relevante para equipes com menos experiência na manipulação cirúrgica em áreas profundas, especialmente em procedimentos minimamente invasivos.
Entretanto, quando realizada por laparoscopia, a preservação do colo do útero exige o uso de um morcelador para fragmentar o útero dentro da cavidade abdominal.
Esse método pode causar dispersão de fragmentos de tecido uterino na pelve, aumentando o risco de complicações pós-operatórias e exigindo incisões um pouco maiores para a introdução do aparelho.
Em resumo, diante dos dados disponíveis, a histerectomia total é a escolha mais indicada para a maioria das pacientes. A ausência de vantagens clínicas na preservação do colo e os riscos associados ao uso do morcelador na laparoscopia tornam essa abordagem a mais segura e eficaz.
As decisões sobre a “Histerectomia“ devem sempre ser tomadas de forma individualizada, considerando as demandas da paciente e as particularidades de cada caso.
Para entender se esse procedimento é indicado para você, não deixe de entrar em contato para marcar uma consulta!
Dr. Hélio Sato
Ginecologia e Obstetrícia
CRM-SP: 83.469 | RQE: 123.703
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