Endometriose na Adolescência: Sinais de Alerta e Como Agir

Postado em: 09/06/2025

A Endometriose é frequentemente associada a mulheres adultas, mas pode começar ainda na adolescência, muitas vezes de forma silenciosa ou com sintomas que são confundidos com cólicas menstruais comuns. 

Endometriose na Adolescência_ Sinais de Alerta e Como Agir

A falta de diagnóstico precoce pode agravar o quadro ao longo dos anos, impactando a qualidade de vida e a fertilidade no futuro.

Por isso, é essencial que adolescentes e responsáveis fiquem atentos a sinais de alerta e busquem ajuda especializada diante de sintomas persistentes. 

Com diagnóstico e tratamento adequados, é possível controlar a doença e reduzir seus impactos de forma significativa.

A seguir, conheça possíveis sinais de alerta e cuidados necessários!

Sinais de alerta para endometriose na adolescência

Muitas adolescentes apresentam queixas que, embora comuns, podem esconder um diagnóstico de Endometriose

Reconhecer esses sinais é importante para agir rapidamente e evitar a progressão da doença.

Entre os principais sintomas que merecem atenção, podemos citar, por exemplo:

  • Cólicas menstruais incapacitantes: dores tão intensas que impedem a adolescente de realizar atividades normais, como ir à escola ou praticar esportes.
  • Dor pélvica fora do período menstrual: desconforto constante na região inferior do abdômen, mesmo entre as menstruações.
  • Fluxo menstrual intenso ou irregular: menstruações muito volumosas, prolongadas ou com sangramentos intermenstruais.
  • Alterações intestinais e urinárias durante o ciclo: dor ao evacuar ou urinar no período menstrual pode indicar comprometimento de outros órgãos.
  • Fadiga crônica: sensação de cansaço excessivo, sem causa aparente, pode estar relacionada à inflamação crônica da endometriose.

Quando esses sintomas são recorrentes e não melhoram com medidas simples, é importante buscar avaliação médica especializada. 

Diagnóstico e abordagem na adolescência

O diagnóstico da endometriose em adolescentes pode ser um desafio, pois os exames de imagem nem sempre detectam a doença em estágios iniciais. 

A avaliação clínica cuidadosa, baseada no histórico de sintomas, é fundamental. Muitas vezes, esse passo é o suficiente para que já possamos considerar a primeira linha de tratamento.

Exames como ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal ou ressonância magnética da pelve podem ser utilizados e auxiliam muito no diagnóstico e no entendimento do da extensão e dá profundidade e dos órgãos acometidos. 

A confirmação por laparoscopia diagnóstica raramente é necessário. Esse recurso tem mais função no tratamento das lesões identificadas.

O objetivo do tratamento na adolescência é controlar os sintomas, evitar a progressão da doença e preservar a função reprodutiva. 

As principais opções de tratamento para endometriose incluem:

  • Uso de anticoncepcionais hormonais para bloqueio do ciclo menstrual;
  • Prescrição de progestagênios isolados, adaptados ao perfil da paciente;
  • Controle da dor com medicamentos prescritos, quando necessário;
  • Bloqueadores estrogênicos como os análogos de GnRH, gestrinona;
  • Intervenções cirúrgicas minimamente invasivas apenas em casos selecionados.

Cada caso deve ser avaliado individualmente para definir a melhor estratégia de tratamento.

A endometriose tem cura?

Uma das maiores dúvidas entre adolescentes e seus familiares é se a endometriose tem cura definitiva. 

A resposta envolve entender a natureza crônica da doença e os objetivos do tratamento.

Controle versus eliminação completa da doença

A endometriose é uma doença crônica: não existe cura definitiva, mas o tratamento adequado permite controlar os sintomas e prevenir complicações.

O controle eficaz melhora a qualidade de vida, de forma que muitos adolescentes conseguem viver sem dor e com função reprodutiva preservada ao longo dos anos.

A regressão da endometriose pode ocorrer naturalmente, pois a chegada da menopausa interrompe a produção hormonal que alimenta a doença, levando à melhora ou desaparecimento dos focos de endometriose.

Portanto, embora a cura completa não seja garantida, é possível ter uma vida saudável e sem limitações com o acompanhamento correto. 

O mais importante é buscar ajuda profissional assim que possível, garantindo que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos de forma adequada desde os primeiros sinais da endometriose.

Se você se identificou com algum sintoma mencionado aqui, fique à vontade para marcar uma consulta. Vamos conversar e entender a melhor forma de cuidar do seu bem-estar!

Dr. Hélio Sato
Ginecologia e Obstetrícia
CRM-SP: 83.469 | RQE: 123.703


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