Dor pélvica crônica: Pode ser Endometriose?
Postado em: 09/01/2025
A dor pélvica crônica é um problema que afeta muitas mulheres, impactando sua qualidade de vida e rotina diária. Uma das origens mais comuns dessa condição é a Endometriose.
A endometriose é uma doença ginecológica caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero, causando inflamações, aderências e, em muitos casos, dores intensas.
Identificar se a dor pélvica está ligada a tal condição é um passo essencial para iniciar o tratamento adequado e prevenir complicações futuras.
Continue sua leitura e saiba mais sobre essa relação!
O que caracteriza a dor pélvica crônica?
A dor pélvica crônica é definida como uma dor persistente ou recorrente na região abaixo do umbigo, com duração superior a seis meses.
Ela pode ser constante ou surgir em ciclos, especialmente durante o período menstrual.
Essa dor pode ter várias origens, como infecções, problemas gastrointestinais, condições musculoesqueléticas e, claro, doenças ginecológicas, como a “Endometriose“.
Entre os sintomas mais comuns estão:
- Dor que interfere nas atividades diárias, como trabalho ou exercício físico.
- Desconforto ou sensação de peso na região pélvica.
- Dores durante a relação sexual (dispareunia).
- Aumento da dor durante a menstruação.
Quando esses sintomas estão presentes, é importante considerar a possibilidade de que a dor esteja relacionada à endometriose.
Como a endometriose se manifesta na dor pélvica crônica?
A endometriose é uma das principais causas de dor pélvica crônica em mulheres em idade reprodutiva.
Isso ocorre porque o tecido endometrial, que deveria estar restrito ao útero, cresce em áreas como os ovários, trompas de Falópio, bexiga ou intestino, causando inflamação e formação de aderências.
O principal diferencial da dor causada pela endometriose é sua intensidade, podendo também haver associação com outros sintomas em muitos casos, como:
- Cólica menstrual severa: A dor durante o período menstrual tende a ser mais intensa e prolongada do que o normal.
- Dores que persistem fora do ciclo menstrual: Diferentemente de cólicas comuns, a dor da endometriose pode ser constante ou surgir em outros momentos do ciclo.
- Alterações intestinais ou urinárias: Dor ao evacuar ou urinar durante a menstruação é um sinal comum em casos de endometriose.
Além disso, a dor pode variar de intensidade e localização dependendo da gravidade e do estágio da doença, dificultando o diagnóstico precoce sem exames complementares.
Diagnóstico e tratamento: o caminho para aliviar a dor
Identificar a endometriose como a causa da dor pélvica crônica exige uma avaliação cuidadosa com um ginecologista.
O processo de diagnóstico pode incluir:
- Análise do histórico clínico detalhado: Identificação de padrões de dor e outros sintomas associados.
- Exames de imagem: Ultrassom transvaginal especializado ou ressonância magnética ajudam a identificar lesões e aderências.
- Cirurgia diagnóstica: Em alguns casos, a laparoscopia é necessária para confirmar a presença da endometriose.
O tratamento é individualizado e pode incluir medicamentos para controlar a dor e os hormônios, além de intervenções cirúrgicas para remover lesões e aliviar os sintomas.
Se você sofre de dor pélvica crônica, é importante buscar ajuda médica para investigar sua causa. A endometriose pode ser controlada, permitindo que você recupere sua qualidade de vida.
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Dr. Hélio Sato
Ginecologia e Obstetrícia
CRM-SP: 83.469 | RQE: 123.703
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